
Sophia Loren presenteia o público do Netflix com uma atuação sensível e no tom certo de Rosa, personagem título da película “Rosa e Momo”. A diva do cinema italiano volta às telas seis anos após seu último trabalho, novamente pelas mãos de seu filho, Eduardo Ponti, que dirige este drama baseado no livro “A Vida Pela Frente”.
O filme conta a relação que se constrói entre a personagem de Loren – uma ex-prostituta, sobrevivente do Holocausto, que cuida dos filhos de outras ex-colegas de profissão – e de Momo, um adolescente órfão senegalês, após o médico que cuida de Rosa e detém a guarda do menino convencê-la a acolhê-lo em troca de um pagamento mensal.
Não se trata de argumento inédito. Afinal, a gama de sentimentos tecida na convivência entre uma criança ou jovem e um idoso é matéria-prima de primeira nas mãos de roteiristas e escritores competentes.
Em “Rosa e Momo”, não poderia ser diferente. Trata-se de uma história terna de aceitação e empatia. Neste sentido, um dos grandes trunfos do filme é a sutileza. Desde a interação de estranhos que passam a conviver, a rebeldia de Momo e a saúde em rápido declínio de Rosa até a mudança nos tons que dominam a fotografia, à medida que os personagens vão se conectando.
Se Momo se mostra um adolescente que não reconhece autoridade, comete infrações e delitos e é rebelde, Rosa é uma mulher sofrida (possui a marca de Auschwitz tatuada no braço) e um tanto amargurada. Duas personalidades aparentemente antagônicas, em seus extremos e históricos de vida, mas que se olhadas mais de perto, soam complementares.
Neste sentido, é preciso falar sobre essa força da natureza chamada Sophia Loren. Ela dá o tom certo à personagem, no qual é possível enxergar o cansaço dos anos no olhar e nos gestos pesados. A caracterização e o trabalho da atriz são tão perfeitos que a linda mulher que Sofia é – e ela é – ficam escondidos sob as marcas do tempo no rosto e os cabelos brancos. Loren desconstruída de Loren para dar um show de interpretação na tela. Maravilhosa é pouco…
“Rosa e Momo” é daqueles filmes que emociona e merece atenção… Há rumores de que o Netflix aposta nele para o Oscar. Faz sentido e pode surpreender. Afinal, de longe, lembra o nosso Central do Brasil: atrizes icônicas em seus países, um menino órfão, histórias de vidas duras que se cruzam, se conectam e se transformam. A Academia ama… E eu também.
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